terça-feira, 1 de novembro de 2011

Doce novembro

“...Que seja doce...”  Que seja um doce novembro e que ele traga menos lembranças suas, menos saudade sua. Que seja um doce novembro e que ele me traga a paz que eu preciso. Que ele exista, mesmo sem ter você por perto... Vamos, leve esse outubro com você! Que seja um doce novembro com a falta que eu vou sentir de você. Que essa falta seja doce. Que ele me traga menos vontade de te procurar. Menos vontade de te contar meus planos, de te contar como foi meu dia, menos vontade de pensar em você. Que seja doce esse novembro. Que ele me traga menos vontade de receber as suas mensagens e de receber o seu carinho. Que me faça contar menos os dias pra te ver e que me faça não sonhar em ter você. Que seja um doce novembro. Que ele me traga flores, chuvas, um porre...um novo amor? Não, não, isso deixa pro próximo mês. Eu quero um doce novembro que me traga menos vontade de ouvir as músicas que me lembram você e que me faça não reconhecer você em cada filme que eu vejo. Que esse novembro me traga menos sorrisos e cheiros seus, menos afeto seu. Me traga menos vontade de olhar sua foto e conseguir sentir você aqui. E que ele não me venha com os seus abraços, que eu não queira reconhecer os seus abraços em outros quaisquer. Que esse novembro seja doce. Que me traga menos vontade de ouvir você ou simplesmente te olhar, sem dizer nada. Que ele traga menos chorar por você. Que me traga menos querer entender por que teve que ser assim. Que embora tamanha a dor e a tristeza que sinto, ele me traga a certeza de que ‘tudo que chega, chega sempre por alguma razão’. Talvez eu não queira mais te ver nesse doce novembro. Talvez eu já não queira mais sentir você, sofrer você nesse novembro. Talvez eu queira o meu refúgio, o meu silêncio. Talvez eu só queira um pouco de colo. Talvez eu me afaste de você, ou talvez não. Talvez eu não espere mais por você e não esteja mais aqui, pronta, como sempre estive. Eu posso ser forte ou pode não ser tão forte o que sinto, talvez. Talvez o até breve seja um simples “até breve!” Talvez a gente ainda se encontre em alguns maios, julhos ou outubros. Talvez. Mas que novembro seja sempre doce.


                              







                   “Me despeço dessa história
                    E concluo: a gente segue a direção
                    Que o nosso próprio coração mandar,
                    E foi pra lá, e foi pra lá.”
                                           (Assinado eu - Tiê)